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As Vantagens de ser Invisível - Resenha

08/09/2015 - Taíla Quadros
#Editora Rocco #as vantagens de ser invisível #filme #resenha #opinião #livro #filmologia literária #Stephen Chbosky #Sam #Patrick #Charlie #drama

[Não são só a Hazel e o Charlie que têm os seus infinitos. Entendedores, entenderão. ;) ]

 

Sabe aqueles dias em que estamos deslocados do mundo? E se achássemos que isso é normal? Essa é a história de Charlie, um garoto que inicia o ensino médio e percebe que apenas assiste a vida ao seu redor e passa a viver as suas próprias histórias com os amigos Sam e Patrick.

 

SINOPSE: Manter-se à margem oferece uma única e passiva perspectiva. Mas de uma hora para outra sempre chega o momento de encarar a vida do centro dos holofotes. A luta entre apatia e entusiasmo marca o fim da adolescência de Charlie nesta história divertida e ao mesmo tempo instigante.

 

A adolescência é um período de descobertas para todos e muitas vezes não encontramos o nosso lugar em meio a tudo o que vemos acontecer. Charlie possui muitas dúvidas por perceber que é diferente dos outros alunos e não é aceito por eles. Ao aceitar colocar em prática o conselho de um professor e começar a participar, ele encontra dois irmãos que vão mostrar a ele os muitos conceitos de amizade.

["E eu olhei para eles. E acho que eles sabiam. Não alguma coisa específica. Apenas sabiam. E eu acho que é tudo o que você pode pedir de um amigo."]

 

Todo o livro é contado através das cartas que Charlie escreve para um suposto amigo, sem nome e sem endereço. Podemos acompanhar tudo o que se passa na cabeça da Charlie e a sua visão sobre os acontecimentos, sobre o amor, as pessoas e os relacionamentos.

["...a gente aceita o amor que acha que merece."]

 

["E ela me beijou. Foi um tipo de beijo que eu nunca poderia contar aos meus amigos como foi veemente. Foi o tipo de beijo que me fez saber que eu nunca seria tão feliz em toda a minha vida."]

 

Você pode perceber que a visão de Charlie sobre tudo é inocente e isso torna tudo tão bonito. É a forma simples de ver a vida sem jogos, com respeito e com a percepção real do que está acontecendo ao nosso redor prestando atenção a tudo.

 

Muitas vezes ele deixa seus próprios desejos de lado por achar que vai atrapalhar ou que não merece tais coisas. Mas podemos perceber quão bonito é o sentimento que ele tem por seus amigos e o quanto ele se importa com eles, mesmo sem saber como agir na maior parte das vezes. Com o passar da leitura, vamos entendendo algumas coisas sobre o personagem, que só são reveladas no final e nos levam a entender muitas das dificuldades de Charlie.

["E naquele momento eu seria capaz de jurar que éramos infinitos."]

 

O livro é sensível, tocante e traz uma melancolia que te faz pensar em muitas coisas que vemos ao longo do nosso dia. Nos faz pensar se existem pessoas realmente assim, alguém que se aproxime dos outros sem interesses futuros, alguém que entende, respeita e consegue saber o que se passa no nosso próprio infinito interior. Todos poderíamos tentar ser um pouco Charlies. Quem sabe assim o mundo não se torna um lugar mas especial?

["Então, acho que somos quem somos por várias razões. E talvez nunca conheçamos a maior parte delas. Mas mesmo que não tenhamos o poder de escolher quem vamos ser, ainda podemos escolher aonde iremos a partir daqui. Ainda podemos fazer coisas. E podemos tentar ficar bem com elas."]

 

E, para os apressadinhos, como os capítulos são cartas a leitura é bem dinâmica. O meu exemplar tem a capa do filme, logo a Hermione e o Percy Jackson são os personagens para mim. :p

 

O FILME

 

Assisti ao filme faz alguns anos e gostei muito, tanto que utilizei uma das minhas frases preferidas no cartão de lembrança da minha formatura:

["Eu sei que tem pessoas que dizem que essas coisas não acontecem e que isso serão apenas histórias um dia, mas agora nós estamos vivos. E nesse momento, eu juro: nós somos infinitos!] 

 

O clima do filme segue bem a cronologia no livro, que se passa nos anos 90. A época das festas de garagem e gravações de músicas em fitas K7. Quem nunca. Talvez quem não tenha vivido essa época não se identifique muito com esses hábitos, mas para os mais old school seja bom para relembrar. O filme é bem datado pela questão da cenografia e objetos. Mas essa história pode se passar tranquilamente em outras épocas.

 

A história segue o que é contado no livro, com a omissão de algumas passagens, principalmente pela questão de continuidade. Nada que prejudicasse o andamento da história. Tanto que mesmo sem conhecer o livro já era apaixonada pela obra. E algumas piadinhas só o filme comporta. :)

 

Admito que não consegui ver a Emma Watson (Sam) com todo o sofrimento que a personagem carrega, pois para mim ela é uma diva, gosto muito da atriz e quero mais filmes com ela. :) Não consegui assistir inteiro o filme do Percy Jackson, mas já vi outros filmes com o ator Logan Lerman e gostei muito da sua atuação (ponto para ele). Já o ator Ezra Miller era desconhecido para mim e me conquistou, adorei o personagem e não consegui imaginar o Patrick do livro sendo outra pessoa. Um outro filme muito bem comentado em que ele atuou foi o Precisamos falar sobre Kevin, que já está na minha lista de próximos filmes. A surpresa veio ao saber que ele será o Flash dos próximos filmes da DC Comics, já aparecendo no filme de 2016 Batman x Superman. :O Curiosa.

 

Nunca fui muito ligada em trilhas sonoras de filmes, mas a seleção de músicas do filme é bem especial, inteligente e anos 90. :p Clica aqui!

 

Ficou interessado? Assiste o trailer e vai atrás do filme!

As Vantagens de ser Invisível - Stephen Chbosky - 223 páginas - Editora Rocco

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