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Crônicas

Diminutivos e aumentativos

07/08/2014 - Taíla Quadros
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Cuidado com a forma como você fala com as pessoas. Cuidado com os diminutivos e aumentativos. O gordinho, a pequeninha, o trabalhinho, o narigudo. A forma como nos referimos às pessoas e às suas atribuições pode ter diversos significados e ser interpretada das mais diversas formas. Chamar de queridinha uma pessoa íntima pode ser carinhoso, falar assim com um desconhecido pode soar irônico. Tudo depende da forma como nos expressamos e como tratamos a informação que recebemos. Se o interlocutor entendeu de forma diferente o que você falou, você também tem a sua parcela de responsabilidade nesse entendimento. Comunicar é se fazer entender.


Na convivência com outras pessoas, temos que aprender as regras que nos são apresentadas desde criança: não trate o outro da forma que você não gostaria de ser tratado. Todos temos características físicas e comportamentais que se destacam em nossa personalidade, porém isso não deve se tornar ponto de referência: “Fala com o nervosinho lá” ou “Esse é o cara que faz os muraizinhos”. Não assim, gente. Valorizar o papel de cada um no contexto em que está inserido, é o mínimo exigido para se conviver em harmonia em um grupo. Todos somos muito mais do que uma barriga saliente, uma barba ou um cabelo comprido. Todos temos nomes e, por mais difíceis ou diferentes que estes sejam, devemos chamar as pessoas com todo o respeito e educação que merecem. Podemos observar que, geralmente, quem destaca apenas alguma característica para se referir a alguém, fica muito ofendido quando outro faz o mesmo com ele. Vamos então, partir desse princípio e tratar todos da forma como merecem, com respeito e educação, independente do contexto.


Todo mundo tem espelho em casa e sabe que usa óculos, é alto ou baixo, gordo ou magro, tem cabelo liso ou cacheado e todos ao seu redor sabem disso também. Não precisamos de um “sabe-tudo” apontando e rindo da maravilha que é sermos todos diferentes. E para quem faz isso e se ofende ao ouvir as próprias características, passe a aceitar que é normal não sermos “perfeitos”, o que nos torna bonitos não é o que te dizem as revistas ou a televisão. Você é muito mais do que isso.

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