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Em que tipo de amor devemos acreditar

01/09/2016 - Taíla Quadros
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Eu acredito no amor, não nesse amor que você exibe por aí aos sete cantos como um troféu, como se você, e apenas você, fosse o campeão. Eu acredito no amor de alma e acredito que ele cura, acalma, preenche e move montanhas. Eu acredito nesse amor. Não no amor que limita, que aprisiona, que censura e que diminui. Se o amor vier carregado de exigências, de comparações e cobranças, me desculpe, isso não é amor. É só egoísmo travestido.

 

O amor não quer que eu mude para que eu possa me encaixar nos seus planos e nos seus sonhos. Eu vou ser um sonho novo e não me encaixar em uma projeção pré-pronta. Não serei outra pessoa ou irei me vestir de outra forma, da forma como você idealizou.

 

Eu acredito no amor que liberta, que me aceita como eu sou e me ama justamente pelas minhas particularidades. Eu acredito no amor que diz: você não é como as outras. Não com a voz carregada de frustração, mas com orgulho de ter me encontrado, essa raridadezinha no meio de tanto lugar comum. O orgulho de quem encontrou um item raro e sabe o quanto isso tem valor.

 

Eu acredito no amor que não acredita em rótulos, em papéis, em likes. Se o amor tem que ser mostrado, provado constantemente para que o próprio casal acredite que aquilo é verdadeiro, eu não acredito. Não acredito no amor que censura a minha roupa, o meu batom e quer que eu mude o meu cabelo, porque ele quer uma nova versão do meu eu. Essa que eu sou agora não lhe serve mais. Uma pena, paara você.

 

Pois bem, é para mudar? Vou mudar sim, mudar meu status na vida, de sua sombra para dona do meu nariz.

 

Porque eu acredito no amor, sim, e sei que ele não escolhe com quem devo conversar ou onde devo trabalhar e o quanto devo ganhar para não ameaçar o seu suposto poder. É por isso que eu acredito no amor que impulsiona, que é trampolim e não repuxo. Acredito no amor que cresce comigo, que confia e acolhe. Eu acredito é no amor de verdade. Essas cópias baratas não servem. E você, no que acredita?

 

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