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03/03/2016 - Taíla Quadros
#batman #texto de quinta #crônica #pensamentos infinitos #texto da semana #Caiden #Frozen #Halloween

Para entender melhor o texto dessa quinta, leia esse post.

 

Na minha primeira leitura a esse texto fiquei pensativa, tentando entender se me sentia confortável ou não com essa situação. Até que eu me lembrei que também já fiz isso quando criança (só que ao contrário), eu tinha uma fantasia de Batman. Batman, não Mulher-Gato, como muitas pessoas já questionaram achando que eu tinha me enganado. Tinha a máscara, a capa, bumerangue e sei mais que tipo de cacareco vinha junto com a fantasia. Defendia a minha Gotham com o meu Batmóvel (uma bicicleta azul, isso mesmo, eu escrevi AZUL).

 

Se naquela época existisse Facebook será que eu também estaria em tantos sites de notícia? Isso mostra o quanto as discussões de gênero são supervalorizadas pelos adultos. Uma criança não gosta da Elza ou do Batman por ser homem ou mulher, mas pelo o que o personagem representa para ela. Não entendo nada de psicologia, mas ainda não consigo achar que gostar de rosa ou azul seja uma regra para definir se somos “normais” ou não. Na época me lembro de gostar do Batman por suas aventuras, habilidades e por ele lutar contra o crime. Queria me vestir como ele não por querer ser um homem, mas por querer ser tudo o que ele representava para mim.

 

Não assisti ao filme Frozen, mas se o menino gosta da Elza pode ser que ela tenha muitas qualidades que ele admira e quando se é criança não sabemos que é feio um menino querer usar um vestido ou uma menina querer usar azul, quem nos ensina isso são os adultos. Meus pais não me limitaram ou censuraram por esse gosto. Imitava os personagens da abertura de Street Figher e gostava de Ursinhos Carinhosos, tinha bonecos das Tartarugas Ninja, Power Rangers e bonecas.

 

Então, parem de colocar minhoquinhas nas cabeças infantis dizendo o que elas podem ou não gostar. E bom, até hoje gosto do Batman, até porque acho bem mais inadequado uma criança usando uma fantasia das nossas heroínas tão sexualizadas, não consigo ver uma criança de identificando com isso. E bom, para quem me conhece, isso não mudou o fato de eu me sentir mulher, gostar de homens e tudo mais, se esse é o medo de muitas pessoas. Sabe em que isso mudou a minha vida? Os caras me acham muito mais interessante por isso. ;)

Vá em frente, Caiden e seja o que você quiser. :D Quem sabe daqui a alguns anos a mulherada vai dizer: ah, que amor! E você vira o rei da escola e se não for? A vida é sua.

 

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Foto do menininho retirada do post referenciado no iníco do texto.

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