Sabe luto? É assim que estou ao terminar o terceiro livro da série Divergente. Quero mais. Fiquei órfã, dona Veronica Roth. Talvez por isso ela tenha lançado o livro Quatro, para que possamos curtir um pouco mais esses personagens.
SINOPSE: A sociedade baseada em facções, na qual Tris Prior acreditara um dia, desmoronou - destruída pela violência e por disputas de poder, marcada pela perda e pela traição. Portanto, diante da chance de explorar o mundo além dos limites que ela conhecia, Tris não hesita. Talvez, assim, ela e Tobias possam ter uma vida simples e nova juntos, livres de mentiras complicadas, lealdades suspeitas e memórias dolorosas.
No entretanto, a nova realidade de Tris torna-se ainda mais alarmante do que aquela deixada para trás. Antigas descobertas rapidamente perdem o sentido. Novas verdades explosivas transformam os corações daqueles que ela ama. Então, mais uma vez, Tris é obrigada a compreender as complexidades da natureza humana - e a si mesma -, enquanto convergem sobre ela escolhas impossíveis que exigem coragem, fidelidade, sacrifício e amor.
Narrado sob uma emocionante perspectiva dupla, Convergente conclui de maneira poderosa a série que alcançou o primeiro lugar na lista de best-sellers do New York Times, na qual Veronica Roth revela os segredos do mundo distópico que cativou milhões de leitores com Divergente e Insugente.
Admito que comprei a história, não no sentido monetário, mas no sentido de quem sentiu que estava vivendo tudo aquilo, passei pelas angústias, pelas dores e pelas alegrias da cada um dos personagens. Meu carinho especial ficou com Quatro e Tris, naquele amor que é de verdade, feito por pessoas imperfeitas e que amam tanto que erram tentando acertar e querem sempre fazer o melhor para o outro, mesmo que de uma maneira torta.
A respeito disso, destaco a frase sobre o amor dos dois que mais me marcou:
“Eu me apaixonei por ele. Mas não fico com ele de maneira automática, como se não existisse mais ninguém para mim. Fico com ele porque decido fazê-lo todos os dias quando acordo e sempre que brigamos, mentimos um para o outro ou nos desapontamos. Eu o escolho continuamente, e ele me escolhe também.”
Finalmente descobrimos o que está por trás de todas as histórias e fico surpresa como a autora consegue apresentar revelações após revelações. Quero mais heróis falhos como nós, que mais gente que quer apenas viver e ser feliz, mas luta com unhas e dentes por isso, mais pessoas que escolham ser o que quiserem ao invés de o que esperam delas (por mais que isso seja difícil), gente que entende o verdadeiro sentido de fazer o bem.
Por mais difíceis que as decisões a serem tomadas parecem, a autora mostrou através dos personagens que ainda temos escolha e que podemos consertar uns aos outros. Mais um trecho que gostaria de destacar, pelas lições que aprendi:
“...se o sacrifício for a melhor maneira de a pessoa nos mostrar que nos ama, devemos permitir que ela o faça...e, em tal situação, essa é a maior dádiva que podemos dar à essa pessoa.”
Ainda sobre os sacrifícios pessoais:
“...devem ser feitos por amor...devem ser feitos por necessidade e apenas quando não existem opções. Que devem ser feitos para pessoas que precisam da nossa força, porque não dispõem de força o bastante.”
Gostei do final e não vou contar. :p Mas sim, gostei e fiquei dias pensando em como tudo acabou e em como tudo isso faz sentido. Desejando o melhor para todos os que ficaram naquela Chicago e que talvez eu possa passar lá algum dia e tomar uma xícara de café, passear pelas ruas (espero que não mais esburacadas) e esperando que a tirolesa ainda esteja lá. Não que o meu medo de esportes radicais permita, mas, quem sabe?
(E mais detalhes na capa...)
Estou realmente ansiosa para assistir ao filme e já adianto a frustração de saber que teremos Convergente 1 e 2. O jeito é esperar, meu povo...
Convergente - Veronica Roth - Editora Rocco - 519 páginas
Veja as resenhas anteriores: Insurgente, Divergente.