Brida é uma garota apaixonada por magia, mas que busca algo além. Isso a leva a conhecer pessoas muito especiais, como um sábio que a ensina a confiar na bondade do mundo e uma mulher que lhe mostra a importância de buscar seu dom e sua alma gêmea. Seu desafio, então, passa a ser conciliar seus relacionamentos com o desejo de ser uma bruxa. Para escrever este romance, Paulo Coelho se inspirou nas histórias contadas pela jovem Brida O’Fern, irlandesa que conheceu durante sua peregrinação pelo Caminho de Roma. O resultado é uma mistura de amor, paixão, mistério e espiritualidade.
Quando eu gosto dos livros de um autor, eu vou longe lendo as obras dele. Com Paulo Coelho foi assim e, como o autor tem muitos livros lançados, cá estou eu sempre tendo novas obras para ler, novas para mim, no caso.
O romance Brida foi lançado em 1990, já tem quase a minha idade, e comprei o meu exemplar de um sebo em uma Feira do Livro em Porto Alegre (saudades de passear por aí, né, minha filha?), junto com outros livros do autor que já resenhei por aqui O Demônio e a srta. Prym é um deles (clica aqui para ler a resenha).
O que dizer sobre Brida? Mais uma vez Paulo Coelho traz experiências reais e sentimentos que poderiam ser de qualquer um de nós e cria algo novo e cativante. O que sei sobre magia? Na realidade, nada, por isso talvez tenha sido mais interessante acompanhar a trajetória da moça que no começo da história me causava uma certa irritação até. Seja por sua impaciência, por sua insegurança ou pela sua até resistência em se entregar para o que ela tinha se proposto a aprender.
Dizem que o que nos incomoda nos outros, são coisas que temos que trabalhar em nós mesmos, né. Então, fica a dica para mim. Mas, seguindo o baile, com o tempo nossa Brida, que está em busca de aprender sobre magia e busca um mestre para ensiná-la. No começo ela não estava levando muita fé no que estava acontecendo e se realmente tudo isso a levaria para onde ela queria ir.
Acho que isso fala muito sobre nós, não é? A gente só acredita vendo os resultados. É muito difícil a gente ter fé no processo quando ele está no seu início. Nós queremos cada vez mais resultados imediatos e aprendizado sem dor e sem esforço. E assim, a gente desiste. Vai dizer que não é bem desse jeitinho. O que precisamos aprender é que os resultados vêm sempre depois do esforço, que temos que deixar a nossa resistência de lado e que devemos estar verdadeiramente abertos para as novas experiências, permitindo-nos ter um novo olhar, livre de preconceitos e restrições o novo e ao que achamos que são nossas limitações.
Brida teve muitos aprendizados ao longo de sua jornada e aprendeu muito mais do que poderia imaginar. Como acontece com a gente quando decidimos seguir um ou outro caminho, a personagem teve que fazer escolhas determinantes para a sua vida e lidar com as consequências do que decidiu.
Sem fazer spoilers do livro, mas falando das experiências que tenho observado por aí, quando as escolhas que fazemos não tem como objetivo prejudicar ninguém e vêm direto do nosso coração, os caminhos se abrem, não acham? E a jornada, além de ser muito especial, leva para um caminho que a gente nunca imaginou como seria, mas que nos transforma. Nada como se aceitar e respeitar quem a gente realmente é e o que nós queremos.
Para quem ainda não leu a obra, fica a dica para conhecer a jornada de Brida e reconhecer a sua jornada também. Para quem já leu, o que mais de chamou atenção? Conta ali nos comentários.
Paulo Coelho atuou como dramaturgo, jornalista e compositor, antes de se dedicar à literatura. Sua obra foi publicada em mais de 170 países e traduzida para 80 idiomas. Juntos, seus livros já venderam 210 milhões de exemplares em todo o mundo. Ele faz parte da Academia Brasileira de Letras e o livro O Alquimista é o livro brasileiro mais vendido em toda a história e um dos mais vendidos no mundo.
Mais resenhas de livros de Paulo Coelho:
Brida - Paulo Coelho - 286 página - Editora Rocco
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